Governo revoga trecho de MP que permitia suspensão de trabalho e salários por até quatro meses

Fale com um especialista agora gratuitamente!

Não te mandaremos spam!

Nesse artigo você vai ver:
Governo Revoga Trecho De Mp Que Permitia Suspensão De Trabalho E Salários Por Até Quatro Meses - Amorim Contabil | Contabilidade em Goiás

Nova medida provisória, revogando o artigo da anterior, foi publicada no final da noite desta segunda-feira no Diário Oficial da União

No final da noite desta segunda-feira (23), o presidente da República Jair Bolsonaro revogou o trecho da Medida Provisória (MP) que altera leis trabalhistas enquanto durar a calamidade pública provocada pela pandemia de coronavírus. A revogação, que já havia sido anunciada pelo presidente no início da tarde, foi publicada em uma nova MP no Diário Oficial da União.
 A MP tem vigência imediata, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em 120 dias para não perder a validade.  O artigo 18, revogado pela nova MP publicada nesta noite, previa que, durante o estado de calamidade pública, o contrato de trabalho poderia ser suspenso por até quatro meses, para participação do empregado em curso de qualificação profissional não presencial, oferecido pela empresa ou por outra instituição.
Essa suspensão poderia ser acordada individualmente com o empregado e não dependeria de acordo ou convenção coletiva.

Esclareça dúvidas sobre 19 pontos da MP

1) É verdade que poderei ter o salário cortado com a medida provisória do presidente Bolsonaro?

 Inicialmente, a MP 927, publicada nesta segunda-feira (23) pelo governo federal, previa que os trabalhadores poderiam ter seus contratos de trabalho suspensos por até quatro meses, sem que houvesse o pagamento de salário. No entanto, o artigo 18, que trata sobre a questão, foi revogado pelo presidente Jair Bolsonaro. Agora, o governo estuda permitir corte de até 67% do salário, para atividades mais atingidas pelo coronavírus, e de até 50% para os demais trabalhadores.

2) Do que trata exatamente a Medida Provisória 927?

O texto define as ações das empresas mediante à crise do coronavírus, já que estamos em estado de calamidade pública, conforme o decreto 6, de 20 de março de 2020. Dentre os pontos definidos estão:
  • Corte de salários e jornada (artigo que foi revogado e deve ser redefinido)
  • Regras para o trabalho em home office, chamado de teletrabalho
  • Concessão de férias individuais e coletivas
  • Antecipação de feriados não religiosos
  • Regras do banco de horas e suas compensações
  • Pagamento de 8% do FGTS por parte do patrão, que poderá ficar suspenso por até três meses, voltando ao normal depois
  • Suspensão de medidas administrativas de segurança do trabalho e possibilidade de definir que o trabalhador faça cursos de qualificação online

3) O que foi decidido sobre o trabalho em home office, chamado de teletrabalho?

Segundo a medida provisória, o patrão poderá alterar o regime de trabalho presencial para o teletrabalho, que é o trabalho remoto ou a distância sem a necessidade de acordos individuais ou coletivos. Além disso, o patrão também é quem define o dia exato de retorno ao trabalho presencial.

4) Essas alterações valem para todos?

A medida não define o tipo de trabalhador que poderá ficar em home office, mas acrescenta que estagiários e aprendizes também poderão fazer parte do teletrabalho.

5) O patrão vai alterar o meu contrato de trabalho?

Segundo a MP, não é preciso fazer alteração no contrato de trabalho individual informando o home office.

6) É preciso ter algum aviso formal de que ficarei em home office?

O trabalhador deverá ser avisado da alteração da rotina de trabalho com, no mínimo, 48 horas de antecedência, por escrito ou por meio eletrônico, como e-mail ou WhatsApp, por exemplo.

7) Quem vai pagar os meus gastos com o home office? Uso meu computador ou da empresa?

Essa definição será feita entre patrão e empregado. Segundo a MP, se o trabalhador não tiver os equipamentos tecnológicos e a infraestrutura necessária, o empregador poderá fornecê-los ou pagar pelos gastos necessários, como o uso da internet e do telefone, por exemplo. Mas isso não pode caracterizar salário. Se ninguém tiver os equipamentos, ainda assim, o tempo em teletrabalho será considerado à disposição do patrão, ou seja, o trabalhador precisa atendê-lo a qualquer momento.

8) Vai ter algum tipo de acordo escrito sobre os equipamentos?

Segundo a lei, todas as regras sobre os equipamentos, suas manutenções e o fornecimento da tecnologia necessária para o trabalho deverão estar escritas em contrato escrito; o documento pode ser assinado antes ou em até 30 dias, contado da data da mudança do regime de trabalho.

9) Serei obrigado a tirar férias, mesmo se eu não puder ou não quiser?

Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o patrão é quem define sobre as férias do trabalhador, respeitando as regras que constam na própria CLT e na Constituição. No entanto, o que a medida provisória faz é facilitar a decisão sobre as férias e a obrigatoriedade de comunicação. Neste caso, o empregador deve informar o empregado com, no mínimo, 48 horas de antecedência sobre as férias. Além disso, poderão ser concedidas mesmo que o empregado não tenha completado o tempo mínimo para o período aquisitivo. Também será possível patrão e empregado negociar a antecipação de períodos futuros de férias, por acordo individual escrito.

10) Como fica o pagamento das férias? Será normal?

Hoje, o empregador paga um terço quando o empregado sai de férias. Pela MP, o adicional de de um terço poderá ser pago depois das férias, até a data-limite para pagar a gratificação natalina, que é o 13º.

11) Todo mundo pode ser colocado de férias?

Sim, mas a lei diz que a os trabalhadores do grupo de risco do coronavírus terão prioridade para as férias, sejam elas individuais ou coletivas. Já no caso dos profissionais da saúde ou que exerçam funções essenciais o patrão poderá suspender as férias ou as licenças não remuneradas.

12) É verdade que as férias coletivas poderão ser definidas sem avisar o sindicato?

Sim. Conforme a MP, o patrão poderá conceder férias coletivas sem a necessidade de comunicar antes o Ministério da Economia ou o sindicato da categoria. Além disso, os funcionários deverão ser avisados com, no mínimo, 48 horas de antecedência.

13) Como vai funcionar a antecipação dos feriados?

Segundo a lei, os empregadores poderão antecipar os feriados que não sejam religiosos. A regra vale para feriados federais, estaduais, distritais e municipais. O descanso nesses feriados antecipados poderá ser compensado com o saldo em banco de horas. No entanto, esse aproveitamento de feriados dependerá de acordo entre patrão e empregado. Esse acordo terá que ser individual e por escrito.

14) O banco de horas dos trabalhadores poderá mudar?

O banco de horas poderá ser implantado ou modificado para regime especial de compensação da jornada. As definições poderão ser por acordo individual ou coletivo, mas é preciso que seja feito formalmente. A compensação será no prazo de até 18 meses, a partir da data do fim do estado de calamidade pública.

15) Os trabalhadores ficarão sem o pagamento do FGTS?

Não. O direito ao depósito de 8% do salários em conta do FGTS do trabalhador não muda. O que ocorre é que a MP suspende temporariamente o pagamento das competências de março, abril e maio de 2020. O pagamento será feito em atraso, mas sem multas e encargos. A lei diz que esses valores poderão ser quitados em até seis parcelas mensais, com vencimento no 7º dia de cada mês, a partir de julho de 2020.

16) Como ficam os benefícios do trabalhador, como vale-alimentação e plano de saúde?

Apesar de não ter sido especificado na MP, o advogado Maurício Pepe De Lion, do Felsberg Advogados, explica que vale-refeição, vale-alimentação e plano de saúde devem continuar sendo concedidos, na integralidade, mesmo se houver redução de jornada. Segundo ele, o artigo 468, da CLT, fala da inalteração de benefícios em prejuízo do funcionário, mesmo em caso de redução de jornada. A exceção é no caso de quem está de férias.

17) Como fica o vale-transporte de quem está em home office?

O patrão pode deixar de conceder o benefício, tendo em vista que não há deslocamento. Não há necessidade de acordo coletivo.

18) Os exames de demissão e admissão foram suspensos?

A lei suspendeu a obrigatoriedade de realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares, exceto dos exames demissionais. No entanto, o exame demissional poderá ser dispensado caso o exame médico ocupacional mais recente tenha sido realizado há menos de 180 dias.

19) O trabalhador da saúde poderá te a jornada prorrogada?

Sim, durante o de estado de calamidade pública, hospitais e clínicas poderão prorrogar a jornada de trabalho e adotar escalas de horas suplementares, mas é preciso garantir o descanso semanal remunerado. A medida será definida por acordo individual ou coletivo.

Fonte: GAUCHAZH ECONOMIA

Classifique nosso post

Categorias

Categorias

Precisa de uma contabilidade que entende do seu negócio ?

Encontrou! clique no botão abaixo e fale conosco!

Cta Post.png - Amorim Contábil | Contabilidade em Goiás

Deixe um comentário

Veja também

Posts Relacionados

Dicas Essenciais Para Melhorar O Fluxo De Caixa Do Seu Supermercado!] - Amorim Contábil | Contabilidade em Goiás

Fluxo de Caixa para Supermercados: Dicas Essenciais para Crescer!

Fluxo de caixa para supermercados: Aumente a saúde financeira do seu supermercado! Saiba como gerir o fluxo de caixa do seu supermercado, de forma eficiente, e descubra práticas essenciais para garantir um crescimento financeiro sustentável. Gerenciar o fluxo de caixa para supermercados é um desafio constante. Com um alto volume

Descubra Estratégias Inovadoras Para Reduzir Custos Na Produção Agrícola - Amorim Contábil | Contabilidade em Goiás

Como reduzir custos de produção agrícola? Melhores estratégias

Descubra estratégias inovadoras para reduzir custos na produção agrícola Confira agora como reduzir os custos de produção agrícola através de estratégias práticas e inovadoras, impulsionando a rentabilidade do seu negócio no agronegócio. Os custos de produção agrícola representam um desafio constante para empreendedores do agronegócio.  Afinal, em um cenário de

Imposto Rural - Amorim Contábil | Contabilidade em Goiás

Impostos Rurais: Dicas para Reduzir Custos e Aumentar Lucros

Descubra os impostos essenciais para produtores rurais e economize no agronegócio! Entenda como a correta gestão tributária pode impactar o sucesso do seu negócio rural e conheça as principais obrigações fiscais para evitar problemas com o Fisco. Para os empreendedores do agronegócio, a gestão de impostos é um dos desafios

Lucratividade Do Agronegócio - Amorim Contábil | Contabilidade em Goiás

Tributação no Agronegócio: Otimize Gestão Fiscal e Aumente Lucros

Tributação no Agronegócio: Estratégias Eficazes para Otimizar a Gestão Fiscal e Aumentar sua Lucratividade Descubra como uma gestão fiscal eficiente pode transformar a tributação no agronegócio, reduzindo custos e impulsionando a lucratividade do seu empreendimento. A tributação no agronegócio desempenha um papel crucial na rentabilidade das empresas do setor, sendo

Otimize Seus Recursos E Aumente A Rentabilidade No Agronegócio! - Amorim Contábil | Contabilidade em Goiás

Gestão Financeira Rural: Otimize Recursos e Aumente a Rentabilidade

Gestão Financeira Rural: Estratégias Práticas para Otimizar Recursos e Aumentar a Rentabilidade no Agronegócio Descubra como uma gestão financeira rural eficiente pode transformar seu agronegócio, otimizando recursos e maximizando a lucratividade com estratégias contábeis comprovadas. A gestão financeira rural é um componente essencial para o sucesso no agronegócio.  Gerenciar recursos

Recomendado só para você
Prorroga o prazo para pagamento dos tributos federais no âmbito…
Cresta Posts Box by CP

Área do Cliente

Amorim contábil